A Estrada de Ferro Cataguazes – O Ramal de Miraí
Entre Cataguases e Miraí, corriam dois ramais que foram de suma importância para o desenvolvimento de ambas e depois para o surgimento de uma terceira cidade: Santana de Cataguases.
Mas hoje vamos voltar no tempo e viajar nos trilhos da imaginação e relembrar o percurso do Ramal de Mirahy da Estrada de Ferro Cataguazes.
Mas antes vamos conhecer a origem da Companhia.
A Estrada de Ferro Cataguazes foi criada em 1895 pela iniciativa de uma concessão do governo mineiro aos Srs. Carlos de Andrade e Cristiano Dias Lopes. Desconhecedores do assunto, não foram longe. A Companhia só foi a frente pelas mãos do Cel. João Duarte que contratou o Eng. Jacinto Adolfo de Aguiar Pantoja para travar esse desafio. E no mesmo ano, as paradas e estações foram abertas e passaram a funcionar.
A primeira estação foi aberta a 800 metros da atual estação, que foi aberta em 1877. As linhas não se ligavam e esta teve uma curta duração. Em seguida, a próxima parada era em São Diniz.
Não passava de uma plataforma com uma parca cobertura. Já não existe mais e em seu lugar existe uma via com uma calçada como tantas outras de um bairro que herdou o nome da parada.
Próxima estação: Sereno. Distrito criado no ano de 1903 e banhado pelo Ribeirão Meia Pataca, fica localizado a dez quilômetros do centro de Cataguases. Antes o trem passava por aqui, hoje somente os ônibus da Sereno Tur e da Paraibuna (vindos de Miraí) cruzam as pequenas ruas deste singelo distrito.
Vamos adiante. Seguimos até a estação de Glória, depois de passarmos pela Parada Joaquim Vieira. A Estação ainda permanece de pé, mas da parada só a plataforma restou. Glória, assim como Sereno, é contemplada atualmente com os serviços da Sereno Tur.
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A estação em 1931. Foto W. Cyril Williams: The Leopoldina Railway, A Narrow Gauge Railroad of Exceptional Interest, 1/1931. Cessão Luciano Pavloski |
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Vestígios da plataforma da estação de João Resende em meio ao mato. Foto Ricardo Quintero de Mattos, fevereiro de 2007 |
A próxima estação é a de João Rezende. Mas antes dela há uma outra estação que não consta em determinados registros: A estação Aldeia, que foi erguida na Fazenda de mesmo nome e que era o ponto de embarque das sacas de café – e depois, leite – que ali eram produzidas. Desta e da estação de João Rezende – que foi erguida em terras da antiga Fazenda Sta. Helena – poucos vestígios de existência foram encontrados.
E chegamos a Miraí. Fim de linha do ramal, a estação foi desativada em 1967 junto com o ramal. Hoje é usada como terminal rodoviário da cidade.
De Sereno, saía um outro ramal. O Ramal de Santana de Cataguases. Mas isso é assunto para outro post.
Até lá!
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