As voltas que um ônibus dá: Cataguases x Ubá
A viagem de Cataguases a Ubá, que concentra um grande pólo de produção moveleira em Minas Gerais, pode variar de uma hora e quarenta a duas horas. Isso depende do horário, já que a Unida tem duas variantes dessa linha: Uma segue por Astolfo Dutra, Diamante e Rodeiro e a outra segue por Astolfo Dutra, Piraúba, Rio Pomba e Tocantins.
Escolhemos seguir pelo percurso mais curto. E a viagem começa pelo Centro de Cataguases, subimos pela MG-447 conhecendo e admirando as belas cadeias de montanhas das alterosas.
É de emocionar e fazer pensar que Minas pode não ter o mar, mas para compensar Deus presenteou-a com paisagens de encher os olhos e fazer os mineiros agradecerem a Ele pela grandiosidade de suas montanhas.
E seguimos estrada afora e entramos pela MG-285, uma rodovia transversal com uma extensão total de 67 quilômetros e que corta a BR-116, tendo dois trechos distintos. O primeiro tem 27 km e sai da divisa com o estado do Rio de Janeiro até o entroncamento com a BR-116 passando pelos municípios de Palma e Laranjal. O segundo trecho, com 40 km de extensão, passa pelos municípios de Cataguases, Dona Euzébia, Astolfo Dutra e Piraúba. E falando em Dona Euzébia...
...a pequena cidade surgiu em torno da Igreja de Nossa Sra. das Dores e passou a ter este nome em homenagem a Sra. Eusébia de Souza Lima, que foi uma grande benemérita para a localidade. Atualmente a cidade possui um pouco mais de seis mil habitantes em uma área de 54.466 quilômetros quadrados (IBGE/2022). A sua estação foi aberta no ano de 1879.
Depois de conhecer Euzébia, iríamos conhecer outro mineiro: Astolfo Dutra.
 |
| Acervo Jornal Meia Pataca |
Astolfo Nicácio Dutra nasceu em Sta. Rita de Meia Pataca (atual Cataguases) em 1864 e nem imaginaria seu nome seria lembrado por seus feitos como deputado federal pelo seu estado várias vezes. No ano de 1919, o distrito de Porto de Sto. Antonio passaria a ser lembrado pelo seu nome. Sua população é de mais de treze mil habitantes.
A sua estação foi aberta no ano de 1879 e com o seu antigo nome: Porto de Santo Antônio. Segundo o site Estações Ferroviárias do Brasil, ela também foi denominada Dona Euzébia, pelo fato do distrito ter a sua sede no povoado de Dona Eusébia. Depois que foi criado outro distrito com o mesmo nome, a estação passou a se chamar Astolfo Dutra.
Depois de Euzébia e Astolfo, mais um conterrâneo das alterosas se 'apresenta': Sobral Pinto.
Somente em 1888, estas terras passam a ser de Cataguases. E depois de conhecer o Sobral, voltamos a pista. Ou seria aos trilhos?
Já em terras ubaenses, chegamos a Diamante de Ubá. Ou simplesmente Diamante, distrito criado em 1953 e estação inaugurada no ano de 1879. Os trens por lá não passam…mas a estação foi reformada como se esperasse a passagem deles.
E a nossa viagem segue. Ubá está próxima, mas antes vamos conhecer Rodeiro.
Rodeiro já pertenceu a Ubá…isso era quando o mesmo se chamava São Sebastião da Boa Esperança do Rodeiro, lá no ano de 1911. Em 1962, se tornou município já com o nome de Rodeiro. Com uma população de 6.853 habitantes em um território de mais de setenta e dois quilometros quadrados (IBGE/2010).
Acima vemos o Mapa de Conjunto da Transmissão Elétrica da Cia. de Força e Luz Cataguases Leopoldina. Reproduz bem o roteiro feito até Ubá, não acham? Acervo do Arquivo Público Mineiro.
O seu primeiro nome se deve a existência de uma capela que foi erguida as margens do Rio Ubá. O topônimo significa em tupi-guarani “Canoa”. Mas o nome, segundo a tradição, vem da gramínea de folha estreita e longa, utilizada para feitura de cestos, gaiolas, etc. comumente conhecida pelo nome de Ubá que se encontrava em abundância, nas margens do rio que atravessa a cidade.
Agradecemos a sua atenção e a sua 'companhia' nessa volta que um ônibus pode nos proporcionar.
Grande Abraço e até a próxima!
Que DEUS e o ronco do Scania 113 estejam com você!
Comentários
Postar um comentário