Pinda, a Princesa do Norte



Localizado a 100 km da divisa do estado de São Paulo com o Rio, a 50 km da divisa de SP com o estado de Minas e a 146 km 
da capital paulista, a cidade tem muito o que mostrar. Hoje nós falaremos um pouco da história da cidade, a começar pelo seu nome.

Boas-vindas de 'Pinda' ao seus visitantes!

Em tupi-guarani, Pindamonhangaba significa “lugar onde se fazem anzóis”, por meio da junção das palavras pindá (anzol), monhang (fazer) e aba (lugar). E apesar de estar localizada no Vale do Paraíba Paulista, a leste do estado de São Paulo, é imortalizada nas palavras do cronista e poeta Emílio Zaluar como a “Princesa do Norte”! O Ponto mais animado da Província.

E visitando a cidade constatamos que Emílio Zaluar estava certo! Vamos começar pelo começo, pelas suas origens. Há duas versões para o nascimento da cidade!

A primeira diz que os irmãos Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme adquiriram da Condessa de Vimieiro lotes de terra ao norte da Vila de Taubaté, bem á margem direita do Rio Paraíba.


Mariana de Sousa Guerra, a Condessa de Vimieiro, era neta de Martim Afonso de Sousa – primeiro donatário da Capitania de São Vicente – e tornou-se formalmente donatária desta capitania no período compreendido entre os anos de 1623 a 1645. Mas ela era donatária da Capitania de Itanhaém, entre 1624 a 1640, por ter conquistado a Vila de Itanhaém. Em 1639, concedeu uma sesmaria ao bandeirante Jacques Félix, que veio a fundar o primeiro município da região do Vale do Paraíba, Taubaté.

Em 12 de Agosto de 1672, Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme, iniciaram a construção da capela em honra a São José, surgindo assim a povoação de São José de Pindamonhangaba. Essa capela foi edificada no alto de uma colina, exatamente onde hoje se localiza a Praça da República.

A outra versão diz que tudo começou quando João do Prado Martins, considerado o primeiro morador destas terras, se estabeleceu por aqui e construiu um sítio com ranchos e pastaria por volta de 1643. Os fatores que João do Prado encontrou aqui favorecia o desenvolvimento da “paragem”: O clima ameno, terras férteis e sua posição geográfica, que tornava esta a parada obrigatória dos viajantes que vinham de São Paulo rumo a Minas Gerais por meio do Vale do Paraíba.

Avançamos 37 anos depois, em 1680, e vemos Pindamonhangaba um povoado formado, vinculado ao Município de Taubaté, sendo depois denominada Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba contando com a capela dedicada a santa que dava nome a mesma, onde hoje temos a Praça Padre João de Faria Fialho. No século XVIII, Pindamonhangaba ganhava a tão sonhada autonomia. Mas para isso uma sucessão de acontecimentos ocorreu.


Praça Doutor Emílio Ribas

Em 1704, a pequena Freguesia de São José crescia e se desenvolvia e seus moradores desejavam a separação da Vila de Taubaté, a qual pertencia. E com frequência, os senhores de destaque da freguesia se encontrava para confabular sobre a idéia. E quis as circunstâncias que o Ouvidor Geral e Corregedor da Comarca de São Paulo passasse por estas terras. O Des. João Saraiva de Carvalho, depois de muito ouvir e receber “agrados” elevou a freguesia de São José a categoria de Vila. Mas esse ato causou revolta entre as autoridades taubateanas, que comunicaram a resolução a Dom Pedro II, El Rei de Portugal.

Mas o Rei estava com problemas de saúde e a pendenga caiu nas mãos de sua irmã, Rainha Dona Catarina. E considerando a humildade da recém-criada Vila, foi concedido o perdão a estes. A criação da Vila de São José foi anulada, mas foi criada a Vila de Nossa Sra. do Bom Sucesso de Pindamonhangaba em 10 de julho de 1705.

Em 03 de abril de 1849, foi sancionada por Lei Provincial a elevação da Vila em Cidade, com a denominação atual.

E Pindamonhangaba ainda estava começando a crescer. Mas isso é assunto para outro post.

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