Nova Iguaçu: Divisões, emancipações e futuras aspirações

Em 1916, Iguaçu deixou de ser velha e passou a ser nova...Nova Iguaçu!



Extraído do Wikipedia

A cidade viveu a decadência da lavoura de cana-de-açúcar, mas encontrou na laranja a salvação para a economia local. A fruta, que veio de São Gonçalo, encontrou terreno mui fértil por aqui. 

Só para se ter uma idéia da acolhida que a laranja teve em solo iguaçuano, o bairro da Posse antigamente, era um imenso laranjal. A produção de laranjas era exportada e provocou um boom econômico na cidade.

No caminho para Tinguá as ruínas da Fazenda São Bernardino, um símbolo da outrora Vila de Iguassú.

E com esse incremento econômico, surgiram novos distritos na cidade: São Mateus, Pilar, Xerém, Cava, São João de Meriti (Que curiosamente se denominou Pavuna por uns tempos), Estrela. No final da década de 30, Nova Iguaçu tinha nove distritos: O distrito-sede, Caxias, Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados, Bonfim e Cava.

É válido salientar que em 1938, o distrito de Pilar foi extinto e seu território foi anexado ao distrito de Estrela. Entre 1930 e 1940, Nova Iguaçu passou a se chamar “Cidade Perfume”, pelo laranjais perfumarem o ar daqueles que vinham para cá por meio das ferrovias.

Linha Auxiliar vista da Estrada de Adrianópolis. Nas proximidades ficava a Estação Ahíva, demolida há muitos anos.

E a ferrovia ajudou a impulsionar – e muito – a economia e a população de Nova Iguaçu. Basta lembrarmos que a cidade é cortada por três ramais: 
A Linha Auxiliar, a Linha do Centro e os Ramais de Jaceruba e do Tinguá. Destes apenas os dois primeiros ainda estão ativos, sendo que a Linha Auxiliar apenas serve a trens de carga. Parte da Linha do Centro se subdivide em alguns ramais operados pela Supervia (Japeri, Paracambi e Deodoro) e pela MRS Logística (de Japeri em diante).

Como já dito, vamos abordar os ramais ferroviários que atendiam a Nova Iguaçu em outros posts...aguardem...mas aí veio a Segunda Guerra Mundial...

A Segunda Guerra Mundial “atrapalhou” e “ajudou” Nova Iguaçu. Atrapalhou porque o transporte marítimo foi interrompido e essa medida impediu o processo de exportação da produção de laranjas, as áreas onde ficavam os laranjais foram loteados e novos bairros despontaram no cenário iguaçuano. 


Ajudou por  que a cidade passou a se concentrar no processo de industrialização, beneficiando-se da facilidade de escoamento da produção com o surgimento de rodovias, destacando-se a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra) e a antiga estrada que ligava o Rio a São Paulo (atual BR-465 e parte desta hoje é a Estrada de Madureira, atual Abílio Augusto Távora). Assim a cidade de Nova Iguaçu passou a ser referência industrial da região e um grande pólo comercial do Grande Rio.

As Emancipações


A cidade passou por transformações comerciais, culturais e territoriais ao longo de sua existência: A primeira foi em 1943, quando a Câmara de 
Vereadores determinou que os distritos de Caxias, Imbariê, Bonfim e Meriti tivesse autonomia própria, passando a se chamar Duque de Caxias.



Quatro anos depois, foi a vez do distrito de Nilópolis passar a ser um município. As outras emancipações vieram a ocorrer na década de 90: Belford Roxo e Queimados (ambos em 1990), Japeri (em 1991) e Mesquita (em 1999). A outrora grande cidade da Baixada Fluminense perdeu em sentido economico e populacional, mas mesmo assim mantém a sua influência perante os outros municípios da região.

Atualmente Nova Iguaçu está subdividido em Unidades Regionais de Governo.

As Futuras Aspirações

Se a região que hoje conhecemos fosse um estado, Nova Iguaçu seria a capital do estado. Pois a cidade desfruta de um comércio forte e de ter em seu território a principal ligação do estado do Rio com a megalópole paulista, a Rodovia Presidente Dutra.

O seu pólo industrial tem várias marcas conhecidas e que dominam a maior fatia do mercado no estado. Podemos citar aqui a Granfino, a Pimpinela e a Niely, empresa de cosméticos que nasceu aqui e que tem uma grande fatia do comércio no país. 


Praça Antonia Flores Teixeira, onde ficava o Cine Iguaçu e uma pequena Rodoviária da cidade.

No ramo do entretenimento, O Top Shopping, o famoso "Shopping da Pedreira", que é chamado assim por ali ter existido a Pedreira Vigné e o Pólo Gastronomico da Via Light são os mais requisitados. Antes a cidade tinha o Cine Iguaçu, inaugurado em 1952 por Antonio Vaz Teixeira e que apesar de estar descaracterizado deve voltar aos dias de glória como um Teatro Municipal, segundo planejamento das autoridades locais. Em breve, Nova Iguaçu poderá contar com dois Teatros!

O transporte municipal da cidade é operado por dois Consórcios: Reserva de Tinguá e Serra do Vulcão.


Como “Capital da 
Baixada Fluminense”, Nova Iguaçu tem linhas de ônibus para várias cidades de regiões distintas. Para mais informações poderá acessar o site das empresas. Algumas empresas, como não possuem site, vamos mencionar as cidades atendidas.

Auto Viação 1001: www.autoviacao1001.com.br

Blanco : Paracambi – Japeri

Cidade do Aço: www.cidadedoaco.com.br

Continental: Belford Roxo via Prata

Costa Verde: https://www.costaverdetransportes.com.br/

Evanil: Castelo – Central – Praça XV – Mercado São Sebastião (Penha)

Novanil: Barra da Tijuca

Águia Branca: www.aguiabranca.com.br

Expresso São Francisco: Japeri – Nilópolis

Flores: Dq. de Caxias (via Lote XV e via Vila Pauline) – Xerém – Sgto. Roncale – Pque. São José - Itaguaí

Itapemirim: São Paulo

Linave: Sulacap - Taquara – Nilópolis – Guadalupe – Deodoro - Queimados 

Master: Duque de Caxias via Light – Duque de Caxias Direto – Duque de Caxias via Linha Vermelha

Mirante/Vila Rica: Mesquita – Pavuna

Nilopolitana: Dq. de Caxias – Queimados

Nossa Senhora da Penha: Bangu – Cascadura – Méier – Penha – Ricardo de Albuquerque – Parada de Lucas – Central (Via Deodoro)

Ponte Coberta: Campo Grande – Seropédica (Saindo de Nilópolis) – Bangu (Saindo de Edson Passos) - Itacuruçá

Rio de Janeiro: Niterói – Magé

São José: Pavuna via Light

Unica/Facil: Petrópolis


Texto de Luiz Antonio Doria, com informações do IBGE e Wikipedia

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