Pelo Vale do Paraíba, chegamos a Lorena

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E hoje vamos conhecer a cidade de Lorena, que fica a 180 km da capital paulista e a 249 km do Rio de Janeiro.

O nome da cidade é uma homenagem ao Governador de São Paulo na época, Bernardo José de Lorena. Mas o povoamento da localidade começou no final do século XVII, quando houve uma necessidade de apoiar as expedições dos viajantes que faziam a travessia do rio Paraíba, em busca de ouro que se encontrava nas Minas Gerais. Aqui ficou instalado o "porto de Guaypacaré".

Por volta de 1695, Bento Rodrigues Caldeira, João de Almeida e Pedro da Costa Colaço formaram roças dando início a formação de um vilarejo e em 1709 foi erguida uma capela e assim as terras de Bento Rodrigues Caldeira passaram a ter um nome: Freguesia de N. Sra. de Piedade. 

Mas para os índios, aqui era Guaypacaré, que em tupi-guarani significa braço ou seio da Lagoa Torta, em virtude de um braço do rio Paraíba, existente no local na época.

Lorena era na época, um importante entroncamento de vários caminhos: o Caminho Geral do Sertão (saindo de São Paulo em direção a Lorena); o Caminho das Minas (de Lorena, passando pelo vale do Embaú em direção a Ouro Preto); o Caminho "Velho" (de Lorena até Paraty e dali, por mar, até o Rio de Janeiro) e o Caminho "Novo" da Piedade (de Lorena, por terra até o Rio de Janeiro).

Calçadão de Lorena

Lorena pertencia a Guaratinguetá até em 14 de novembro de 1788, a freguesia se tornou vila e ganha a sua autonomia administrativa e em 1856, elevada a categoria de cidade. Mas antes em 1816, a cidade perdia as terras que compreendiam a atual cidade de Areias, Bananal, Silveiras, Queluz, São José do Barreiro e Lavrinhas, num total de 2487 km², ou seja, uma área correspondente a dois terços da área original do município lorenense. 

Em 1871, era a vez de Cruzeiro se separar de Lorena e sete anos depois, o trem chegava a cidade. Segundo o site Estações Ferroviárias, a estação de Lorena foi aberta no mesmo dia em que se encontraram as estradas de ferro do Norte e Dom Pedro II, na estação seguinte, em Cachoeira.

De 1906 até os anos 1980, a estação servia também como ponto de partida do ramal de Piquete, que seguia para essa cidade. Também saía desta estação o ramal particular da Societé de Sucrerie, com 7,2 km de extensão. Esta linha foi aberta em 28 de novembro de 1887.

Em 2001 a estação estava abandonada, mas sempre com um funcionário sentado numa cadeira de plástico na plataforma, sem nenhuma infra-estrutura de apoio, aguardando o sinal para os trens cargueiros que passam. A estação foi reformada pela Prefeitura e entregue pronta no final de 2004, para abrigar a Casa do Artesão. Os trilhos que saíam pela parte da entrada foram arrancados e no lugar foi construída uma praça. Pena que estes trilhos eram o que havia sobrado do ramal de Piquete.

Em 2018 a ex-estação passou a dar lugar para a Casa da Juventude.

Praça Arnolfo de Azevedo, no Centro de Lorena.

A sua posição geográfica permite que sua economia seja impulsionada pelo fluxo de mercadorias e de pessoas que vem das principais capitais do Sudeste Brasileiro. Também a proximidade com os portos de Itaguaí, Santos, Rio de Janeiro e o de São Sebastião favorece muito a cidade.

Em um outro momento vamos contar como Lorena e outras cidades pertenceram a Província do Rio de Janeiro. Mas hoje Lorena é uma das mais importantes cidades de uma região que cresce a cada dia, o Vale do Paraíba Paulista!

Como chegar

Lorena tem como principal acesso a BR-116 (Via Dutra) para RJ e SP e a BR-381 para Belo Horizonte.

No quesito transporte coletivo, as empresas Pássaro Marrom, Sampaio, Cometa e Adamantina são algumas das empresas que atendem o município. Maiores informações, poderão acessar o site das respectivas empresas.