Pinda, a Princesa do Norte: O Bosque da Princesa

 Por Luiz Antonio Doria, com informações do Almanaque Urupês


A Princesa e seu esposo. Divulgação Internet

A cidade de Pindamonhangaba estava em polvorosa: Receberia em questão de dias a visita da Princesa Isabel e de seu esposo, o Conde D ́Eu. A viagem tinha como objetivo a legitimação do poder do Imperador, que estava desgastada com as ambições dos donos de fazendas entre elas a abolição da escravatura. 

Vale lembrar que o Imperador e sua comitiva já estiveram na província de São Paulo em 1846. Tanto que em 1845, a Câmara Municipal de Bananal mobilizou praticamente todos para que a comitiva real fosse bem recepcionada. Mas a cidade ficou no “vácuo”, pois após exaustiva viagem, os planos foram outros e o monarca deixou São Paulo rumo ao porto de Santos.

Passado o tempo, somente em 1868, o D. Pedro II voltou a região vindo de Minas Gerais por Lorena. Enquanto isso em Pindamonhangaba...

...a Câmara Municipal se reunia para estudar e planejar a execução de obras e dos eventos que recepcionariam a Dona Isabel e seu marido. E um dos mais animados era o vereador Francisco Marcondes Homem de Melo, na época 2º Barão de Pindamonhangaba. Um dos mimos concedidos a Princesa foi um Bosque.





A idéia surgiu do Barão da Palmeira, que solicitou ao presidente da Câmara a aquisição de uma faixa de terra de aproximadamente 450 m2 que se localizava entre o palacete do titular e o rio Paraíba do Sul. A intenção do Barão era que os pombinhos – que recentemente se casaram – tivessem ali alguns momentos de privacidade. O Largo do Porto foi remodelado por botânicos e um desenhista franceses.


Onde antes havia apenas alamedas e caminhos, com o tempo o bosque foi recebendo parques, instalações para receber e acomodar bem os visitantes e lagos artificiais.

O Bosque da Princesa é conhecido como cenário de pedidos de namoro e casamento. E após a cerimônia religiosa do casamento muitos casais dirigem-se ao bosque para tirar fotos, para que conste em seu álbum de casamento. E após isso retornam a festa. 


Fatos de um Largo que já abrigou um porto que foi desativado um ano 
depois que a ferrovia por aqui chegou. Mas isso é assunto para o próximo post.

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