Bananal, uma cidade surgida do trabalho.
Bananal é uma daquelas cidades onde os estudantes, quando tem aula de história, não pegam livros ou ficam enclausurados na sala de aula: Eles vão as ruas e começam a observar os monumentos e casas da mesma.
Situado no extremo leste do estado de São Paulo e fazendo fronteira com a fluminense Barra Mansa, este município distante 330 km da Capital e a 153 km da Cidade Maravilhosa nos conta – assim como a imponente Vassouras – como é uma cidade que acompanha o crescente desenvolvimento impulsionado pelo ciclo econômico do café.
Sua história começa quando o Sr. João Barbosa de Camargo recebe uma das várias sesmarias que foram concedidas a alguns povoadores daquela localidade. Numa extensão de meia légua em quadra, foi erguida uma capela de pau-a-pique dedicada ao senhor Bom Jesus do Livramento. Isto se deu no ano de 1783.
Com o advento do ciclo econômico do café, este povoado passa a se denominar Distrito de Bananal no ano de 1811, subordinado a Vila Lorena.
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Chafariz inaugurado em 1880 no Largo da Matriz. |
Cinco anos depois, isto é, em 1816, o distrito é transferido para a cidade de Areias e a cafeicultura foi trazendo mais e mais melhoramentos para o distrito como o surgimento de grandes fazendas e melhoramentos para o centro de Bananal.
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Praça Rubião Junior, com casarões e a Matriz do Bom Jesus do Livramento de Bananal. Foto de Tibor Jablonsky (IBGE) |
Bananal tinha uma economia forte e alto prestígio na corte. Faltava o status de cidade, que foi alcançado em 1833. Depois veio os trilhos da Estrada de Ferro Bananal.
O estilo em que foi edificado a estação da cidade é único: A sua estrutura foi importada da Bélgica e montada aqui. Sendo a segunda maior produtora de café da província de São Paulo e tendo uma boa parte da burguesia cafeeira da região morando por aqui, Bananal precisava de uma ferrovia para escoar a sua produção.
Teresa Cristina de tanto trabalhar em Santa Catarina veio descansar em Bananal, no extremo leste paulista.
E essa ferrovia começou a operar em 1889. O prédio tem dois pavimentos e toda a sua estrutura (inclusive o telhado) é de metal e seu piso é de pinho de riga.
Em 1918, a estação foi encampada pela União e passou a ser controlada pela Central do Brasil (Em 1931, foi controlada pela Oeste de Minas mas depois voltou a União). Foi desativada em 1964 e já foi agência dos Correios e estação rodoviária da cidade.
Crianças a brincar no coreto...coisa boa da infância...
As placas metálicas foram substituídas por outras mais leves. A cidade também conta com a mais antiga farmácia do Brasil. Fundada em 1830 por um botânico francês, a “Pharmácia Popular” ainda está de portas abertas para aqueles que precisam de um remedinho.
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No Largo da Matriz, a esquerda: O Fórum e a direita, o Solar do Barão de Aguiar Valim. |
Como chegar
A Viação Colitur tem horários saindo de Barra Mansa para Bananal (Via Rancho Grande e Via Cotiara).
A Pássaro Marrom tem saídas de São Paulo para Bananal e vice-versa. A empresa também horários saindo de Guaratinguetá para a histórica cidade.
E a Viação Arapeí tem horários saindo de Bananal para Arapeí e vice-versa.
Saídas de Bananal
(Seg. a Sab.) > 8:00 / 11:00 / 14:30 / 17:20
(Dom. e feriados) > 10:30 / 17: 20
Saídas de Arapeí
(Seg. a Sab.) > 7:00 / 9:00 / 12:30 / 16:50
(Dom. e feriados) > 7:00 / 16: 50
Por Luiz Antonio Doria, com informações da Biblioteca IBGE, Prefeitura da cidade de Bananal e Estações Ferroviárias.
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