A Angra é dos Reis... e do Silva também: Ariró
Era um dia em que nosso Andarilho Silva realmente precisava espairecer, estar perto da natureza e observá-la por alguns instantes. O que ele fez? Aguardou a linha de ônibus mais nova em operação em Angra dos Reis e foi.
Ariró foi um dos primeiros lugares brasileiros retratados para o mundo. Hans Staden retratou a aldeia e seu diálogo com o Cacique Cunhambebe no ano de 1557 (clique aqui; e aqui também caso queira saber mais sobre o sítio arqueológico, que não visitei).
Pouco mais de quinhentos anos depois, este andarilho que vos escreve foi lecionar na Educação de Jovens e Adultos na Serra d'Água, e algumas vezes voltava na van escolar com os alunos, entre o aroma de bananas, laranjas e cana de açúcar, mas sem conseguir ver a paisagem porque era sempre de noite.
Na época, chacoalhávamos em ruas de terra e sem iluminação, e isso era bem-vindo. A comunidade temia a chegada do asfalto. Com ela viria o ônibus, o progresso e as mazelas da cidade grande.
O asfalto chegou, o ônibus veio junto - a princípio, somente em dias úteis, seis horários ao dia -, mas esperamos que o lugar permaneça lindo, natural e pacato como nesta minha visita.
O pequeno bairro se estende por alguns quilômetros a partir da Rodovia BR-101 (Rio Santos) e acompanha o leito do Rio Ariró, que nos proporciona belas paisagens e cachoeiras pelo caminho. O asfalto termina com o fim dos grupos de casas, mas a rua continua, sugerindo que ela acompanha o traçado do rio, quem sabe, até mesmo serra acima, onde ele nasce.
Apenas fui e voltei. Não tinha indumentária para curtir cachoeira, o rio estava baixo na ocasião e eu nem sabia que me brindaria vindo para cá. A experiência visual e sensorial já me foi fantástica o suficiente.
Obrigado por nos acompanhar em mais essa. Até a próxima :)
Excelente!!!!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário e pela visita, e sinta-se convidado a visitar outros posts :)
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