Etiam per me Brasilia magna...essa é a Vila de Jundiaí!

Etiam per me Brasilia magna..."Também graças a mim o Brasil tornou-se grande"

Esse é o lema que Jundiaí carrega...mas é justificável. Pois a cidade - distante 57 km de São Paulo - nasceu da expansão provocada pelos bandeirantes em direção ao nordeste de São Paulo e onde seria estabelecido o povoado do Parnaíba. 

Jundiaí começou a se estabelecer a partir de 1651, quando encerraram os trabalhos de construção da capela de Nossa Sra. do Desterro. Capela essa que surgiu visando diminuir a dificuldade do povo em ir satisfazer as necessidades religiosas em Santana do Parnaíba e provocou mais do que isso: A autonomia administrativa da vila se deu no ano de 1656 com a instalação da Câmara.


Centro de Jundiaí.

Sob o território de Jundiaí passava a "Estrada do Anhanguera", que adentrava pelo Sudoeste mineiro e seguia em direção a Goiás, passando pelo povoado de Mogi Mirim. Também era o limite ao norte da Capitania de São Vicente, atingindo os rios Atibaia e Mojiguaçu e seus respectivos povoados. Sendo assim, Jundiaí era um importante entreposto para os bandeirantes.


Rua Barão de Jundiaí, área central e de grande comércio da cidade.

A Vila Formosa de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí ia crescendo, se desenvolvendo e perdendo territórios. Com o Caminho de Goiás, o crescimento dos povoados que por ela passavam se tornava inevitável: Em 1769, foi criada a Vila de São José de Mogi Mirim, cujo território original englobava todo o atual Nordeste Paulista e municípios atuais como Ribeirão Preto, Franca, Batatais, Amparo, São João da Boa Vista e Mogi Guaçu. 

Ao considerar isso, temos uma noção do quanto Jundiaí perdeu de seu território. Depois foi a vez da Vila de Campinas, em 1797, mas depois falaremos de Campinas.

Chegamos ao Século XVIII e Jundiaí se torna um importante pólo da cultura do café na região. E para escoar a produção foi necessário a criação de uma ferrovia ligando a cidade. Em 1867, surge a São Paulo Railway. Em um outro post vamos falar sobre a Estação de Jundiaí e sobre as outras companhias ferroviárias que surgiram depois da SPR.

Na primeira metade do século XX, Jundiaí encontrava a sua vocação para a indústria. Com a inauguração da Rodovia Anhanguera, a industrialização que já se fazia presente com o desenvolvimento das ferrovias explodiu de vez com as metarlúgicas descobriu a sua vocação industrial. 


Mas também destacamos a vocação cultural de Jundiaí por meio do Cine Theatro Polytheama, o Solar do Barão de Jundiaí, o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, o Complexo FEPASA e o Grupo Escolar Siqueira de Moraes, que atualmente sedia o Centro Jundiaiense de Cultura Josefina Rodrigues da Silva - JOROSIL.


A edificação de 1896 foi a primeira escola pública da cidade e aqui havia turmas separadas para meninos e meninas. Também sediou a Biblioteca Pública Municipal e desde 1970 serve como Centro Cultural.

Estação ferroviária de Várzea Paulista, outrora distrito de Jundiaí e hoje um dos  645 municípios paulistas.

E ao longo de sua história recente, Jundiaí perdeu territórios para a criação dos municípios: Vinhedo (1948), Campo Limpo (1964), Itupeva (1964) e Várzea Paulista (1965). Mas ainda assim é um dos mais importantes municípios da região.

Como chegar

Para quem usa transporte público, duas opções:

Vindo do Rio de Janeiro: A Adamantina/FLIXBUS oferece saídas diárias do Rio para a cidade.

Vindo de São Paulo: A Rápido Fênix e a Cometa tem saídas do Terminal Tietê para a cidade. Mas quem desejar pode fazer uso dos serviços da CPTM na Linha 7 - Rubi.

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