Non Ducor Duco: O Centro Cultural Banco do Brasil

Armando Álvares Penteado foi um cafeicultor e empresário influente em São Paulo. Mas também foi um mecenas brasileiro. 

Hoje onde a rua leva o seu nome já correspondia a um trecho entre o lago da misericórdia e a atual Rua da Quitanda. Antes de 1907, ela era designada como Rua do Comércio - mas, para homenagear o citado personagem, passou a se chamar apenas Alvares Penteado. E ali no número 112 dessa rua, no Centro Histórico de Sampa, temos o Centro Cultural Banco do Brasil.

Mas antes disso, segundo o material iconográfico disponível, a Confeitaria Leão funcionava no local. Essa confeitaria sofreu um incêndio em 1867 e, no seu lugar, foi erguido um sobrado que era utilizado como comércio no térreo e moradia no primeiro andar. 

O edifício construído em 1901, foi comprado em 1923 pelo Banco do Brasil. O projeto para adequar o mesmo para que nela se funcionasse uma agência bancária é de autoria do engenheiro-arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Junior, que funcionou de 1927 até 1996, onde tornou-se o primeiro prédio próprio do Banco do Brasil em São Paulo.

 

Os elementos da arquitetura original foram restaurados, mantendo assim as linhas que o tornam um dos mais significativos exemplos da arquitetura do início do século desta cidade.

O estilo arquitetônico de origem francesa associado à ornamentação eclética é percebido na fachada do prédio e interiores. São cinco andares, mais o torreão, construídos com estrutura de concreto armado e alvenaria de tijolos.

Na fachada, sólidas pilastras separam os caixilhos idênticos e simétricos das janelas, e a ornamentação, rica em simbolismo, sugere o contexto histórico do período em que o edifício foi construído.

Mas dentro dele vemos algo mais valioso que ouro: A cultura está bem guardada e disponível a todos!

No interior, um requintado hall de entrada dá acesso ao átrio central, que conserva o piso de mosaico. Elegantes gradis de ferro, balcões de madeira trabalhada e um delicado vitral dão uma atmosfera aristocrática ao espaço verticalizado.

Após a inauguração de nosso Centro Cultural, em 2001, os seus 4.183 metros quadrados oferecem espaços para exposições, teatro, cinema, música, auditório para palestras, debates e oficinas educativas e cafeteria.

A sede tem 4.183 metros quadrados e conta com salas de exposições, um cinema, um teatro, um auditório, salas de vídeo, restaurante, bomboniere e café.



E além de São Paulo, tem CCBB também em BH, Brasília, Salvador e no Rio onde também temos a Casa França Brasil. 

Mas isso é assunto para um outro post. Até lá!


Texto: Luiz Doria
Fotos: Acervo CCBB SP e Neusa Medeiros


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