Campinas: Labore virtute civitas floret

De acordo com o seu lema, aqui floresceu - por meio do trabalho e da virtude -  um dos mais populosos e influentes municípios paulistas e do Brasil.

Distante 99 Km da capital paulista, Campinas não passava de uma área com campos naturais e muita mata atlântica. Isso até a primeira metade do século XVIII. Mas tudo mudou quando na Vila de Jundiaí surgiu um bairro rural chamado "Mato Grosso"  pela "Trilha dos Goiases" que conduzia os bandeirantes as "Minas dos Goiases".

Entre os anos de 1721 e 1730, esse bairro rural se tornou um ponto de apoio aos tropeiros e para os bandeirantes. E assim o bairro Mato Grosso passaria a se chamar Campinas do Mato Grosso. A partir daí, o comércio surgiu e pessoas afluiram para esta localidade e passaram a erguer moradias por aqui.

Com o tempo, aquela freguesia obteria condições suficientes para se emancipar de Jundiaí e num 14 de dezembro do ano de 1797, Campinas se tornaria Vila. Mas o nome Campinas se tornou oficial somente em 1842. Antes ela conhecida como a Vila de São Carlos.

Acervo Estações Ferroviárias do Brasil (Foto de Mario Sandrini, 2017)

Em 1872, a cidade teve a abertura de uma estação ferroviária em seu território. Mas o prédio atual ele foi erguido entre os anos de 1884 a 1888, pois em 1883 a estação apresentou problemas estruturais que culminaram na sua demolição e construção de um novo. 

Ao longo do tempo, foram feitas mudanças visando atender a demanda de passageiros vindo de outras companhias ferroviárias. Em 1982, a estação foi tombada pelo patrimônio histórico do estado. Atualmente ela serve como um Centro Cultural da cidade.

A cidade ainda possuiu outras estações em seu território como a do distrito de Joaquim Egidio e a Carlos Botelho, também conhecida como Estação do Mercado.

O mercado, a ex-estação, em 1/5/2014. Vê-se ainda a plataforma, 90 anos depois de sua desativação. Foto Rodrigo Cabredo

Sim, onde hoje é o Mercado Municipal havia uma estação: Em 1908, a Cia Carril Funilense inaugurava a estação citada e o Mercado da cidade também abria as portas. Por ali os trens passavam em direção a Barão Geraldo de Rezende, hoje o município de Cosmópolis. 

E próximo ao Mercado Municipal - que já foi estação um dia - temos o "Terminal Mercado" de Campinas.

O trem já não passa mais por ali desde , mas o mercado continua a todo vapor com uma influência da arquitetura mourisca e um jogo de telhados sobrepostos que permite iluminação e ventilação naturais.   

Uma das áreas mais visitadas de Campinas, situada no centro da cidade e rodeada de estabelecimentos comerciais diversos, entre as ruas Benjamin Constant e Senador Saraiva, além da proximidade da Avenida Francisco Glicério. 

Uma outra área muito visitada em Campinas é a Torre do Castelo. Construída para abastecer a região norte da cidade, fica a aproximadamente 735 m de altitude. Além de ser considerado um dos pontos mais altos do perímetro urbano de Campinas é um excelente mirante que permite ao seu visitante ver vários bairros da cidade.

A três minutos de carro e a vinte minutos a pé, chegamos a Praça Ulisses Guimarães, mais precisamente na Pedreira do Chapadão, um parque cuja estrutura - Cerca de 130 mil metros quadrados em uma ampla área com um espelho d'água com cascata, canteiros e plantas, pista de cooper - permite a realização de eventos. 

Em 16 de dezembro de 1994, foi inaugurado o Memorial Ulisses Guimarães, dedicado ao presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987–1988, que inaugurou a nova ordem democrática, após 21 anos sob a ditadura militar. 

Como chegar

A melhor opção é pela Rodovia Presidente Dutra até o acesso a SP-065 na altura de Jacareí.

De ônibus, há muitas opções. Maiores informações poderá acessar o site da rodoviária de Campinas (clique aqui).

Muito obrigado pela sua visita! Grande abraço e tudo de bom!

Texto de Luiz Antonio Doria, com informações do Wikipedia, Biblioteca IBGE e Prefeitura Municipal de Campinas.