Praça XV, onde tudo acontece
Vamos hoje conhecer um pouco da Praça XV de Novembro ou se preferirem, Praça XV.
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Em 1808, mais precisamente no dia 7 de março, a Corte Real Portuguesa desembarcou de mala e cuia no Rio de Janeiro. E o onde foi o ocorrido?? Justamente onde se encontra a Estátua de João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, cognominado O Clemente. Mas pode chamar de Dom João VI. A estátua foi inaugurada em 1965 e foi um presente do Povo de Portugal em comemoração ao 4º Centenário de Fundação da Cidade do Rio de Janeiro.
O Chafariz da Pirâmide foi construído no Largo do Carmo, na beira do Cais, em 1779, para substituir outro existente no meio do Largo, visando melhor atender ao movimento de abastecimento de água das embarcações do Cais. Estava localizado junto ao mar, mas hoje uma larga Avenida e toda a Praça da Estação das Barcas separa o Chafariz das águas da Baía de Guanabara.
O Chafariz é uma das obras que Mestre Valentim da Fonseca e Silva realizou na cidade no tempo do Vice-Rei D. Luiz de Vasconcelos. O Chafariz, foi construído em gnaisse carioca e representa uma torre, encimada por uma pirâmide com delicados ornamentos, tendo em seu topo a Esfera Armilar, que é o globo terrestre representado pelos paralelos e meridianos e simbolizava o poderio do Rei de Portugal ao redor do mundo. Na face que dá para o mar veem-se as armas do Vice-Rei, acompanhadas de uma inscrição latina.
Valentim da Fonseca e Silva (1745 – 1813) foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro.
Mulato, era filho de um fidalgo português e de uma africana. Alguns autores defendem que seu pai o levou a Portugal em 1748, onde teria aprendido escultura, versão que é contestada por historiadores.
De volta ao Brasil em 1770, estabeleceu uma oficina no centro do Rio de Janeiro e entrou para a Irmandade dos Pardos de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Realizou vários trabalhos de talha dourada para igrejas cariocas até a sua morte.
Durante o governo do vice-rei D. Luís de Vasconcelos e Sousa (1779-1790) foi encarregado das obras públicas da cidade, tendo projetado diversos chafarizes e o Passeio Público do Rio de Janeiro, primeiro parque público das Américas.
A história do Paço Imperial começa em 1733, quando o Governador Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela, pede ao rei D. João V licença para edificar uma casa de governo no Rio. Cerca de 1738 começa a construção do edifício, seguindo o projeto do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alpoim, no Largo do Carmo (ou da Polé), atual Praça XV, no centro da cidade colonial. A nova Casa dos Governadores foi inaugurada em 1743.
Em 1763, com a transferência da sede do Vice-Reino do Brasil de Salvador para o Rio, a Casa dos Governadores passou a ser a casa de despachos do Vice-Rei, o Paço dos Vice-Reis. Em 1808, com a chegada ao Rio da família real portuguesa, o edifício é promovido a Paço Real e usado como casa de despachos do Príncipe-Regente (e depois Rei) D. João VI.
O edifício passou a ser denominado “Paço Imperial e Paço do Rio de Janeiro” após a Independência do Brasil, funcionando como despacho e eventual aposentos para Dom Pedro I e posteriormente para Dom Pedro II. Foi aqui que em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I decidiu ficar no Brasil e não voltar a Portugal (Dia do Fico). A Lei Áurea foi assinada em uma das salas do Paço em 13 de maio de 1888.
A partir de 15 de Dezembro de 1849, o edifício do Paço passou a abrigar as instalações do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a Proclamação da República, as propriedades da Família Imperial e seus bens foram arrestados e leiloados. O Paço foi transformado em Agência Central dos Correios e Telégrafos. A decoração interna – estuques, pinturas e decoração – foi destruída e dispersa. Em 1938, o prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico e somente em 1980 é que o Paço foi entregue a população com as características originais de 1818.
Atualmente o Paço serve como Centro Cultural.
E em 2017, a Praça XV recebeu mais um ponto de mobilidade urbana: A estação Praça XV que serve como estação terminal das linhas 2 e 4 do VLT Carioca. A Linha 2 liga a Praia Formosa/Rodoviária Novo Rio a Praça XV e a Linha 4 liga o Terminal Gentileza a Praça XV.
Por aqui ficava um monumento em homenagem a João Cândido, o Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata. Atualmente ele está na Praça Marechal Âncora, também no Centro do Rio.
Mas isso é assunto para outro post! Até lá!
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