A Lajinha do Chalé da Serra de Caparaó

Distante 337 km de Belo Horizonte e incrustado na fronteira com o Sul Capixaba, mais precisamente fazendo limites com os municípios capixabas Ibatiba e Iuna, temos a cidade de Lajinha.

Tudo começou com uma fazenda: A Fazenda São Domingos, de propriedade do Comendador Leite. Após o seu falecimento, a fazenda - que antes demonstrava opulência - passou por uma fase de abandono até que em 1910 o desbravador Francisco Mateus Laranja recebeu do genro do Comendador um alqueire de terra e nela foi erguida uma capela dedicada a N.Sra. de Nazaré.


Seis anos depois, o distrito de Santana do Manhuaçu foi transferida para o povoado do Lajinha do Chalé. Na época, Lajinha do Chalé pertencia ao município de Rio José Pedro. Nos anos 30, houve algumas mudanças para a localidade: Em 1933, o distrito assinava apenas como Lajinha e Rio José Pedro agora se chamava Ipanema. 

A emancipação do distrito veio cinco anos depois. Mas curiosamente se comemora três vezes esse momento. Mas qual a explicação?

A emancipação política do município se deu em 17 de dezembro de 1938. Para as comemorações da emancipação, foi nomeada uma comissão responsável para organizar os festejos. A comissão, por sua vez, publicou um panfleto convidando a população para a festa de emancipação da cidade que se realizaria no dia 1º de janeiro de 1939. 

Passado algum tempo foi criado e oficializado o Brasão de armas do Município e nele foi grafada a data de 1º de janeiro de 1939, data da festa, quando na realidade deveria ter sido 17 de dezembro de 1938, data da emancipação. Para a próxima festa da cidade, os organizadores contaram com o imprevisto das chuvas que aconteceram na região no período de dezembro a maio do ano seguinte, e então somente conseguiram realizar as festividades no mês de junho, no dia 22.

Desde então os lajinhenses têm conhecimento de que o aniversário de Lajinha é 22 de junho. Em razão desse fato, a geração atual desconhece a data real do aniversário da cidade que é 17 de dezembro de 1938.

Lajinha hoje tem em seu principal atrativo as exposições agropecuárias realizada na cidade e o turismo religioso, além da "Pedra Torta" que com sua beleza pode ser vista de vários pontos da cidade na qual alcança uma altitude de aproximadamente 1.189m.. Se você quer se desconectar da cidade grande, Lajinha é uma boa opção.


Para chegar a Lajinha, a Viação Riodoce tem saídas do Rio de Janeiro para a cidade. Confira o site da empresa clicando aqui
A Águia Branca tem saídas de Vitória para Lajinha.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Santa Maria Madalena, aconchegante, linda, carinhosa e deslumbrante!

As voltas que um ônibus dá: Divisa Mangaratiba x Centro (de Angra)

Itamarati de Minas: A “pedra branca” das Alterosas