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Mostrando postagens de abril, 2025

Petrópolis, a Cidade Imperial: Das ferrovias às estradas!

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Texto de Luiz Antonio Doria, com informações do IBGE, Estações Ferroviarias e Wikipedia Nos primeiros 200 anos da colonização portuguesa do Brasil, quase ninguém conhecia a Serra da Estrela, onde encontramos a cidade de Petrópolis. Mas havia dois motivos para isso: Primeiro, era o imenso paredão de mais de 1000m de altura a ser vencido. O segundo era os "brabos" índios coroados que habitavam a serra. Somente com a chegada dos bandeirantes nas Minas Gerais e com a abertura do "Caminho Novo" em 1704 é que se iniciou a distribuição das sesmarias no "sertão acima do Inhomirim". E 130 anos depois de sua fundação, Petrópolis já possuía algumas propriedades e uma razoável atividade industrial e comércio. A locomotiva que percorria a Serra da Estrela hoje está exposta no Museu Imperial. Foto: Acervo Relatos de Viagem Etc. Além do Inhomirim, começou a se idealizar a construção de uma linha ferroviária ligando a localidade ao Porto de Mauá, passando por Fragoso e a ...

Petrópolis, a cidade imperial

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Bem-vindo a Petrópolis, a terra onde alguns "Pedros" nascem e vivem. O nome da cidade é a junção da  palavra do latim Petrus (Pedro) com a do grego Pólis (cidade), ficando "Cidade de Pedro" .  Era por estas bandas que Pedro I descansava. Mas como surgiu a Cidade Imperial? A cidade surgiu com a concessão de terras em 1686, após o desbravamento da região em 1531. Com as sucessões hereditárias e vendas a terceiros, surgiram as fazendas de Córrego Seco, Itamarati, Samambaia, Corrêas, Quitandinha, Velasco e Morro Queimado. A relação de Petrópolis com o império surgiu quando Dom Pedro I, em suas viagens pelas Minas, descasava na Fazenda de Corrêas e conhecendo as belezas da região, adquiriu a fazenda do Córrego Seco em 1830. Com a abdicação de D. Pedro I as fazendas foram arrendadas e com seu falecimento, elas foram repassadas a Dom Pedro II, que tratou de planejar sua colonização. Em 1844, foi criado o distrito de Petrópolis, da freguesia de São José do Rio Preto, munic...

A Vila de São Miguel de Areias

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  Por Luiz Antonio Doria Em uma rápida parada no nosso caminho a Guaratinguetá, conhecemos um pouco do município de Areias, que era um pouco mais do que apenas um pouso para tropeiros. Localizado próximo as nascentes do rio Paraitinga, o antigo povoado de Santana da Paraíba Nova já era elevada a categoria de freguesia em terras pertencentes ao município de Lorena quatorze anos depois da criação do povoado, em 26 de janeiro de 1784. Por iniciativa do Padre Joaquim José da Silva e de alguns fazendeiros, a localidade foi se desenvolvendo e se constituindo em um ponto de passagem entre o Rio e São Paulo. Em 28 de novembro de 1816,Dom João VI, atendendo ao pedido dos moradores, concede a Areias o título de Vila, mas sob o nome de São Miguel de Areias, homenageando o filho D. Miguel. O Grito do Ipiranga, óleo sobre tela de Pedro Américo (1888) Falando em um dos filhos de Dom João VI, foi em Areias que o príncipe Pedro fez uma parada a caminho de dar aquele famoso brado as margens do Ipir...

Expobus Juiz de Fora

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Apesar da chuva intensa que atingiu a região do RJ e sul mineiro, o Relatos de Viagem marcou presença na terra do pão de queijo pra prestigiar a 5ª edição da Expobus JF;  que aconteceu no dia 5 de abril, no espaço externo do Expominas JF. Foto de Rafael Silva Como de costume, juntamos a galera e embarcamos. Mas dessa vez em grande estilo:  à bordo do Marcopolo Paradiso G6 da Novix Turismo que nos prestigiou com essa cortesia de ida e volta, num carro semileito, super confortável. Ainda juntou a vontade de colocar o papo em dia ao reencontrar os amigos que a viagem nem demorou e já estávamos por lá. Foto de Rafael Silva O evento tinha uns 50 ônibus expostos. Uma variedade de antigos e outros com uma tecnologia atual que mostrava como podemos viajar com segurança e conforto. Ah, teve até ônibus do SEST/SENAT para mostrar que temos campanhas constantes de aperfeiçoamento de profissionais do volante para garantir a segurança de viajantes como nós. Foto de Alex Bernardes O evento a...

O Rio Acima das Minas Gerais

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 Por Luiz Antonio Doria As margens da Estrada Real, estrada que ligava o Rio de Janeiro as cidades mais importantes de Minas na época...nascia um povoado. No ano de 1736 nascia a Freguesia de Santo Antonio do Rio Acima.  O Rio Acima em questão era o Rio das Velhas, curso de água que tem como nascente a Cachoeira das Andorinhas em Ouro Preto, cruzando muitas cidades históricas mineiras como Sabará, Santa Luzia e Raposos, entre outras. Ela tem sua foz no Rio São Francisco, na cidade de Várzea da Palma, no norte mineiro. A formação de Sto. Antonio do Rio Acima surgiu da passagem de bandeirantes, mineradores e comerciantes que contribuiram para o seu desenvolvimento. Mas tudo mudou no ano de 1831, mas precisamente num nove de fevereiro, quando o Imperador Dom Pedro I e sua esposa,  D. Amélia Leuchtenberg visitaram a localidade.  Era uma das últimas visitas do Imperador pois no mesmo ano, em abril, Pedro I retornaria a Portugal e deixaria seu filho, Pedro II, em seu lugar...

BIBLIOTECANDO por aí...em Nova Iguaçu

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Você que visita o RELATOS DE VIAGEM ETC. deve estar pensando: Bibliotecas? Por que mostrar bibliotecas quando o foco do site são - como o nome diz - relatos das viagens que fazemos? Então, toda cidade tem uma história, certo? E toda história é devidamente registrada em livros, certo? Ok, hoje uma história pode ser relatada em muitos lugares...mas os livros ainda são o melhor lugar para se ler uma boa história. E os livros ficam aonde? CERTA RESPOSTA! Em Bibliotecas! E elas são símbolos de cidades afeitas a livros e à educação. E nós, do RdV. Etc., somos muito afeitos a livros - seja elas virtuais ou físicas. E este espaço é uma homenagem aos bibliotecários! Em especial a memória de uma bibliotecária que mora no coração deste viajante. Parafraseando Beth Carvalho, " por onde eu for, ela será sempre o meu par " 🥹 O RELATOS DE VIAGEM ETC dá as boas vindas as bibliotecas e a vocês, bibliotecários! No Centro nervoso da cidade de Nova Iguaçu, onde encontramos muitos cartórios, ...

As voltas que um ônibus dá: Bananal x Guaratinguetá - Parte II

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Na primeira parte deste post, saímos de Bananal e seguimos até a cidade de Areias. Conhecemos um pouco da outrora Vila de São Miguel de Areias (clique aqui e confira a história dela) e de Arapeí e depois de dez minutos de parada seguimos rumo ao nosso destino. E chegamos a Silveiras, cujo nome se deve a um rancho de tropeiros instalado pela família que dá nome ao município.  No último domingo do mês de agosto, a cidade celebra o Dia do Tropeiro, em memória daqueles que ajudaram por meio de sua atividade ao nascimento de muitas cidades. E saímos da SP-068 e chegamos a Dutra: Nossa próxima parada é na cidade de Cachoeira Paulista, onde apenas paramos para embarque e desembarque de passageiros. E mais um pouco, enfim, chegamos a Guaratinguetá. O que nos aguarda na cidadela dos paulistas onde muitas garças há?  Grande abraço e tudo de bom! Texto e Fotos: Luiz Antonio Doria (exceto a foto dos tropeiros, extraída do site "Brasil Tropeiro")

As voltas que um ônibus dá: Bananal x Guaratinguetá - Parte I

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Na divisa entre Rio e São Paulo, temos cidades que guardam verdadeiros achados históricos. E Bananal é uma delas(clique aqui e conheça Bananal). “Quem pisa pela primeira vez o território da província de São Paulo e entra na cidade do Bananal, pensa naturalmente encontrar logo nos hábitos e costumes deste uma povoação diferente da província do Rio de Janeiro; mas é um engano” (Peregrinação pela Província de São Paulo (1860-1861), Augusto Emílio Zaluar, Livraria Itatiaia Editora Ltda., pags. 41).  E Zaluar está certíssimo: Localizado no extremo leste de São Paulo, a cidade lembra ainda um pouco do interior fluminense, talvez pela sua proximidade com o estado, assim como todos os municípios que fazem divisa com o estado. Será o ponto de partida de nossa aventura: Andar pela Estrada dos Tropeiros, ou também conhecida como SP-068. Para isso a primeira providência foi embarcar num ônibus da Colitur que tem saídas diárias de Barra Mansa para cá. Quem desejar uma viagem mais rápida, prefi...

Bananal, uma cidade surgida do trabalho.

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Bananal é uma daquelas cidades onde os estudantes, quando tem aula de história, não pegam livros ou ficam enclausurados na sala de aula: Eles vão  as ruas e começam a observar os monumentos e casas da mesma. Situado no extremo leste do estado de São Paulo e fazendo fronteira  com a fluminense Barra Mansa, este município distante 330 km da Capital e a 153 km da Cidade Maravilhosa nos conta – assim como a imponente  Vassouras – como é uma cidade que acompanha o crescente desenvolvimento impulsionado pelo ciclo econômico do café. Sua história começa quando o Sr. João Barbosa de Camargo recebe uma  das várias sesmarias que foram concedidas a alguns povoadores daquela localidade. Numa extensão de meia légua em quadra, foi erguida uma capela  de pau-a-pique dedicada ao senhor Bom Jesus do Livramento. Isto se deu no ano de 1783. Com o advento do ciclo econômico do café, este povoado  passa a se denominar Distrito de Bananal no ano de 1811, subordinado a Vila Loren...