O Palácio do Catete e os seus jardins – Parte II
Vamos andar um pouco mais pelo atual Museu da República, começando pelo Salão Pompeano.
Este salão tinha como objetivo apoiar os salões Nobre e Veneziano e é decorado com cenas que fazem menção às descobertas de natureza artísticas das escavações da cidade de Pompéia. No decorrer das obras de adaptação feitas na edificação, apenas o teto sofreu mudanças. Nele foram inscritos as Armas Nacionais e datas referentes a acontecimentos históricos do país como o Descobrimento, Independência, Abolição e República.Já o salão Veneziano – também conhecido como Amarelo – era usado como salão de visitas. Na República, era uma sala dedicada a música e a realização de saraus. Foi neste salão que D. Nair de Tefé, segunda esposa do presidente Hermes da Fonseca, promoveu um sarau em que a compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga apresentou um novo ritmo, o Corta-jaca, escandalizando a sociedade da época.Um dos espelhos existentes na época da corte foi substituído por painel executado pelos pintores Antonio Parreiras e Décio Vilares.
Do Veneziano adentramos no Salão Mourisco. O nome do salão tem origem na decoração inspirada na arte islâmica e era uma espécie de “clube do bolinha”, onde os homens jogavam e fumavam. Destaque para o lustre de bronze dourado e cristal rubi e para o mobiliário em marfim e palhinha.
E um palácio como o Catete não pode deixar de ter o seu salão dedicado aos grandes banquetes. Durante o período em que Getúlio Vargas ocupou o palácio, ele usou o salão para reuniões ministeriais. Destaque para o teto do salão, onde podemos ver estuques com frutos, pinturas de naturezas mortas nos arcos, e o painel central é uma cópia adaptada da obra Diana, a caçadora, do italiano Domenichino.
E não acaba por aí...ainda tem mais. No próximo post, falaremos sobre um ilustre morador e o seu trágico fim. Até lá!
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