O Palácio do Catete e os seus jardins – Parte II

Na primeira parte desta série (clique aqui) visitamos o térreo e conhecemos a história do Palácio das Águias e sobre o seu primeiro proprietário, o Barão de Nova Friburgo, Antonio Clemente Pinto. Também conhecemos um pouco do salão onde importantes decisões eram tomadas no período compreendido como República Velha.

Vamos andar um pouco mais pelo atual Museu da República, começando pelo Salão Pompeano.

Este salão tinha como objetivo apoiar os salões Nobre e Veneziano e é decorado com cenas que fazem menção às descobertas de natureza artísticas das escavações da cidade de Pompéia. No decorrer das obras de adaptação feitas na edificação, apenas o teto sofreu mudanças. Nele foram inscritos as Armas Nacionais e datas referentes a acontecimentos históricos do país como o Descobrimento, Independência, Abolição e República.

Já o salão Veneziano – também conhecido como Amarelo – era usado como salão de visitas. Na República, era uma sala dedicada a música e a realização de saraus. Foi neste salão que D. Nair de Tefé, segunda esposa do presidente Hermes da Fonseca, promoveu um sarau em que a compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga apresentou um novo ritmo, o Corta-jaca, escandalizando a sociedade da época.

Um dos espelhos existentes na época da corte foi substituído por painel executado pelos pintores Antonio Parreiras e Décio Vilares.

Do Veneziano adentramos no Salão Mourisco. O nome do salão tem origem na decoração inspirada na arte islâmica e era uma espécie de “clube do bolinha”, onde os homens jogavam e fumavam. Destaque para o lustre de bronze dourado e cristal rubi e para o mobiliário em marfim e palhinha.


E um palácio como o Catete não pode deixar de ter o seu salão dedicado aos grandes banquetes. Durante o período em que Getúlio Vargas ocupou o palácio, ele usou o salão para reuniões ministeriais. Destaque para o teto do salão, onde podemos ver estuques com frutos, pinturas de naturezas mortas nos arcos, e o painel central é uma cópia adaptada da obra Diana, a caçadora, do italiano Domenichino.


E não acaba por aí...ainda tem mais. No próximo post, falaremos sobre um ilustre morador e o seu trágico fim. Até lá!

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