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Mostrando postagens de fevereiro, 2025

Sessão Nostalgia: Transporte Coletivo Interestadual de Passageiros Ltda. - TRANSCOLIN

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No dia sete de julho de 1963, os Srs. José Alves da Paixão, Luiz Barros Filho e Geraldo Magela Alves fundaram na cidade de Caratinga (MG) uma empresa que fez história no transporte intermunicipal mineiro e interestadual, ligando a região cortada pela BR-116 ao Rio de Janeiro e São Paulo. Estamos falando da Transporte Coletivo Interestadual de Passageiros Ltda., a TRANSCOLIN Ltda. A empresa inicialmente começou a operar linhas ligando as mineiras Gov. Valadares, Teófilo Otoni e Caratinga a São Paulo. Foi uma questão de tempo para que ela chegasse a ser uma das mais influentes da Zona da Mata Mineira e Vale do Rio Doce. Na década de 70, a Transcolin ligava toda a Zona da Mata e Vale do Rio Doce a São Paulo. Tinha cerca de 150 ônibus e garagens na cidade-sede, Caratinga, e nas cidades que atendia. O Rio de Janeiro também foi agraciado pela Transcolin. Quando ela se mudou para Leopoldina, a empresa vendeu as suas linhas do eixo SP x Minas para a poderosa Itapemirim e passou a levar os mine...

A Angra é dos Reis... e do Silva também: Praia das Gordas

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Conta-se oralmente que, em tempos idos, algumas doceiras circulavam pelo atual Centro de Angra dos Reis vendendo seus quitutes e, como não haveria de ser diferente, apreciavam banhar-se no mar em seu tempo livre. Bastante corpulentas, tinham vergonha de expor seus corpos, por isso buscavam um canto escondido para lá do Bonfim para se banharem em paz. O visual bucólico da Praia das Gordas. Se a história por trás do nome é mesmo esta, quem somos nós para saber. O que acontece é que hoje a Praia das Gordas é um dos cantos mais queridos de Angra por suas águas límpidas e calmas; sua proximidade com a Ermida do Senhor do Bonfim, acessível a nado, por pequenas embarcações ou mesmo por uma corda que liga a praia à ilhota onde a igrejinha se instala; ou por sua proximidade com a região central da cidade. A Ermida do Senhor do Bonfim, vista da Praia das Gordas. Uma boa caminhada, de cerca de 40 minutos, passando pelo Colégio Naval e pela seguinte Praia do Bonfim, ou em poucos minutos após a pa...

Pelo Vale do Paraíba, chegamos a Lorena

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Nossas boas vindas a você, que nos visita! E hoje vamos conhecer a cidade de Lorena, que fica a 180 km da capital paulista e a 249 km do Rio de Janeiro. O nome da cidade é uma homenagem ao Governador de São Paulo na época, Bernardo José de Lorena. Mas o povoamento da localidade começou no final do século XVII, quando houve uma necessidade de apoiar as expedições dos viajantes que faziam a travessia do rio Paraíba, em busca de ouro que se encontrava nas Minas Gerais.  Aqui ficou instalado o "porto de Guaypacaré". Por volta de 1695,  Bento Rodrigues Caldeira, João de Almeida e Pedro da Costa Colaço formaram roças dando início a formação de um vilarejo e em 1709 foi erguida uma capela e assim as terras de Bento Rodrigues Caldeira passaram a ter um nome: Freguesia de N. Sra. de Piedade.  Mas para os índios, aqui era Guaypacaré, que em tupi-guarani significa  braço ou seio da Lagoa Torta, em virtude de um braço do rio Paraíba, existente no local na época. Lorena era na ép...

O Arraial de Raposos

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Distante 30 Km da capital mineira, encontramos a cidade de Raposos. Pertencente a Região Metropolitana de BH, Raposos teve o seu início quando a capitania de Minas Gerais nem existia em sonhos.  Na verdade existia as Capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas - assim tudo junto e misturado  - e o seu Governador geral era Arthur de Sá Meneses.  Arthur de Sá designou Pedro de Morais Raposo para desbravar os sertões de Minas em busca de ouro e pedras preciosas. Nesta região viviam os índios Cataguás. Para isso ele trouxe uma penca de amigos e todos aqueles que queriam ficar ricos (pois naquela época não havia mega-sena e nem loteca...rs) e não tinham medo de nada, nem dos índios. Embrenharam-se pelas áreas de  Sabarábuçu e pelo caminho de Paes Leme, acompanhando o leito do Rio Guaicuy (que hoje chamamos de Rio das Velhas) e encontraram um local ideal para garimpar e faiscar ouro na confluência de um volumoso ribeirão, o atual Ribeirão da Prata. Por aqui acharam uma...

As voltas que um ônibus dá: 3842 Belo Horizonte / Raposos

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Aproximadamente 33 km separam a capital de Minas da cidade de Raposos. É a linha 3842, operada pelo Consórcio Metropolitano. A 3842 uma duração média de uma hora e dez minutos percorrendo bairros importantes de Belo Horizonte como a Savassi e Funcionários. Já em Nova Lima percorremos bairros bem conhecidos pelos seus prédios como a Vila Castela e a Vila da Serra.  Mais adiante chegamos ao Parque Industrial e enfim, Raposos! Sobre a cidade...aguardem o próximo post! Grande abraço e tudo de bom!

Pinda, A Princesa do Norte: A Ferrovia se faz presente por aqui

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Por Luiz Antonio Doria E antes de encerrar a nossa visita por Pindamonhangaba, não poderíamos deixar de falar sobre a chegada do trem na cidade. Contam os registros e os mais antigos que o Barão Homem de Melo procurava um  local para ali a estação se instalar. Foi quando ele avistou um cemitério na área em que hoje vemos a Escola Alfredo Pujol e o prédio da EFCB. Ele  olhou, fincou a bengala no chão e disse: “vamos limpar tudo e fazer o prédio aqui”. O povo – supersticioso – estranhou a decisão do Barão, mas não teve  escolha. O prédio original, de 1877, surgiu com a formação da Estrada de Ferro do Norte (ou E.F. São Paulo – Rio) e foi demolida para a construção  do prédio atual, sob a batuta da Estrada de Ferro Central do Brasil no ano de 1921. Em 1916 começou a sair trens para Campos do Jordão, por meio da Companhia Ferroviária fundada pelos pelos médicos sanitaristas Emílio Ribas e  Victor Godinho em 1914, para o transporte de doentes respiratórios para o hos...

Pinda, a Princesa do Norte: O Bosque da Princesa

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  Por Luiz Antonio Doria, com informações do Almanaque Urupês A Princesa e seu esposo. Divulgação Internet A cidade de Pindamonhangaba estava em polvorosa: Receberia em questão de dias a visita da Princesa Isabel e de seu esposo, o Conde D ́Eu. A  viagem tinha como objetivo a legitimação do poder do Imperador, que estava desgastada com as ambições dos donos de fazendas entre elas a  abolição da escravatura.  Vale lembrar que o Imperador e sua comitiva já estiveram na província de São Paulo em 1846. Tanto que em 1845, a Câmara Municipal de Bananal  mobilizou praticamente todos para que a comitiva real fosse bem recepcionada. Mas a cidade ficou no “vácuo”, pois após exaustiva viagem, os  planos foram outros e o monarca deixou São Paulo rumo ao porto de Santos. Passado o tempo, somente em 1868, o D. Pedro II voltou a região vindo de Minas Gerais por Lorena. Enquanto isso em Pindamonhangaba... ...a Câmara Municipal se reunia para estudar e planejar a execução d...

Sessão Nostalgia: Viação São João Batista, de Nova Iguaçu

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Por Luiz Antonio Doria, com participação especial de Armando Reis e Eduardo Cunha Quem hoje vê a Nossa Senhora da Penha rodando entre Nova Iguaçu e a Penha, desconhece que antes do azul-e-vermelho iguaçuano “desfilar” na  Marechal Alencastro e no bairro de Rocha Miranda, onde as ruas tem nome de pedras preciosas, desfilava uma outra iguaçuana cujas cores eram  verde, amarelo e detalhes em vermelho. Era a Viação São João Batista Em 1955, ela operava Penha x Nova Iguaçu, com 19 ônibus, numerados de 1 à 19, sendo que o 12, era um lotação com “chassi esticado” para ônibus  (ou seja, com motor externo) e todos os outros eram carrocerias Bons Amigos, com buzina a ar, no teto.  Em outras palavras foi uma empresa, pela  discrição, que começou bem na parada com veículos zero e modelos tipo rodoviário, de uma porta. A São João Batista operava somente a linha 551L, que ligava a Nova Iguaçu ao bairro da Penha. Operavam com uma frota diversificada: Caio  Gabriela e Metr...